quarta-feira, 9 de março de 2011

Contos Niilistas - Feux

Eu acordo e olho pra o teto do meu quarto, o branco do forro é sempre enaltecido porque eu acho que tem uma telha quebrada e daí logo pela manhã entra luz bem em cima da minha cabeça deixando mais forte.

Lembro que uma das maiores dificuldades quando guri foi entender a cor Branco, nunca entendi porque se eu juntasse todas as minhas massas de modelar daria "preto"(dava uma cor de escremento na verdade), se unisse todas as minhas tintas de pintar dava preto, todos os hidrocores dava preto e minha professora insistia em dizer que o preto era ausência de cor e o branco a união delas. Por causa da luz e tudo mais.

Sempre é complicado quando a teoria te confunde com a prática.

Hoje eu acabo tendo o mesmo dilema.

Eu sei porque eu tenho que comer, inanição mata.

Mas ultimamente eu vejo o ato de socializar como um trauma psicológico que pode ser tratado, exílio nunca me pareceu uma resposta tão bela como ultimamente.

É o mesmo dilema da cor branca, por mais que minha professora me diga que todas as luzes unidas formem o branco, minha experiência com cores me diziam que elas formavam o negro.

Por mais que me digam que eu preciso de pessoas ao meu redor, carinho e tudo isso para sobreviver, minhas experiências com essas coisas me mostram o contrário.

- Se eu fosse jovem, eu fugiria dessa cidade e enterraria meus sonhos há sete palmos, eu beberia até a morte.

- Mas você é jovem.

- Vamos, beber até a morte.



2 comentários:

Juliana D. disse...

Era muito legal misturar massinhas de modelar de diferentes cores e fazer cobrinhas e

Pare de ouvir essa música!!!!!!!!!

Tiago Gonçalves disse...

Muito legal cara, esse lance de teoria e pratica é realmente algo pra se pensar. Até onde podemos ser homogêneos nisso? Curti o post.