domingo, 31 de janeiro de 2010

Jack's Chronicles: Star Whores - S01E06 - The Return Of The Broken Heart



De acordo com a cosmologia "Big Bang" é a teoria que defende surgimento do universo a partir de um estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos, De um modo mais "grosso" o universo estava de boa e começou a ficar muito tenso, daí houve a explosão que chamamos de "Big Bang" e com isso os primeiros átomos se formaram criando assim a vida no que chamamos hoje de universo, porque eu estou explicando isso? Porque como essa explosão que aconteceu a bilhões de anos a moça do sexto (e último) capítulo dessa "história" ela criou vida, ela foi meu Darth Vader e meu Anakin e com a destruição dessa estrela da morte acabou que mudou tudo de uma forma extraordinária..."And All Start With a Big Bang...BANG!"



S01E06 - The Bus Introduction Experiment (Season Finale)


Existem alguns momentos que acabam sendo importantes na sua vida!

Quando nasce seu primeiro dente! - você agora pode morder coisas e rasgar, isso é foda!
Quando você faz seu primeiro gol! - mesmo q não curta esportes vai ser legal, vai fazer bem ao seu ego!

E existe aquele momento que você conhece uma guria em que você sabe nos olhos dela que não vai ser comum, se existe uma coisa em relacionamentos que consegue ganhar minha antipatia é o tal de "Amor a primeira vista", não existe nenhum contato, você apenas encontra alguém e seu cérebro começa a funcionar ao contrário, seu coração começa a fazer digestão e seu estômago a bombear sangue, você vê alguém que nunca encontrou e não consegue pensar em outra coisa, você se imagina com ela na praia olhando as estrelas ou vendo um filme e rindo das mesmas piadas, existe algo mais estranho e talvez, cafona do que isso? Mesmo beirando o surreal, foi assim que eu conheci a "Seis" (posso chamar assim?).

De todos os locais em que você pode encontrar alguém o que se torna mais poético pelo fato de ser um lugar atípico é o ônibus, lá você não tem ligação com nada, uma pessoa pode pegar uma linha de ônibus apenas uma vez na vida, não é como conhecer no dentista, não é como em uma festa, não é como na escola, existe uma grande probabilidade e você só encontrar essa pessoa uma única vez e se por acaso você se apaixonar por ela, não pense que há grandes esperanças de vê-la novamente, você não sabe o nome, não sabe o que ela faz, não sabe nada, é aquele momento e nada mais, foi assim que eu a encontrei pela primeira vez, ela sentada na frente do ônibus, eu no meio, naquelas poltronas mais altas, sentado na janela enquanto voltava da aula em uma noite chuvosa,ainda na época que morava com minha genitora, no momento em que a encontrei passou-se todo aquele filme romântico que descrevi no início do parágrafo anterior, ela olhou pra mim (pelo menos quero acreditar que foi pra mim, mesmo tendo um cara muito mais interessante sentado no banco de trás) e como um reflexo da pessoa que eu sou eu olhei para o teto, para a senhora com uma verruga gigante que dormia no banco da frente e roncava parecendo uma tuba e para o carro do lado que parava no farol, quando ela desceu e eu acompanhei com meus olhos meu coração começou a bater em um BPM que eu só tinha visto nas músicas mais rápidas do Fratelli quando ensaiava aqui perto da minha casa, ela olhou pra trás e sorriu.

Para aí, acabou! Não dá para se encontrar alguém dessa forma, você não tem nenhum dado, você não sabe o seu nome, não sabe onde ela estuda e muito menos onde procurar, ISSO era o que eu deveria ter pensado mas a única coisa que passava na minha cabeça era que em trinta e sete anos após aquele dia eu estaria sentado em uma poltrona dizendo para meus filhos "...e foi assim que eu conheci a sua mãe!", eu consegui encontra-la, não me lembro agora como (ou simplesmente acho que não devo contar) mas eu achei, e parece que o sonho dos 37 anos estava mais perto de se concretizar, quantas pessoas que você acha no ônibus e acha interessante você consegue encontrar? Se isso não é o roteiro que eu estava procurando para a minha vida eu não sei mais o que é, consegui marcar algo que para mim era um "encontro", eu ia sair com ela e meus amigos, mas ela levaria mais uns onze caras que estavam com a mesma intenção que eu : impressiona-la de tal forma que o único pagamento seria o seu amor eterno (na real acho que alguns só a achava gata, mas quero pensar que eles são tão românticos quanto moi), infelizmente eu não consegui impressiona-la mas, por incrível que pareça nenhum dos outros onze conseguiu algo.

O tempo foi passando e ela acabou se tornando o centro de tudo o que eu fazia, era o assunto das minhas conversas, das minhas doenças, dos meus sorrisos e das minhas tristezas, algo que na verdade era uma merda, você sabe o quanto é chato ficar perto de alguém idiotamente apaixonado? Amor platônico é uma das coisas que conseguem despertar o pior em você, você fica estúpido, você perde sua masculinidade e acaba virando uma marionete dos seus próprios suspiros desesperados de atenção, e eu virei isso, acabava que eu gostava, era um auto-flagelamento interessante de fazer, tudo foi passando e meu sonho cinematográfico de amor foi se desfazendo, ela me achava imaturo (e talvez ainda ache) e isso foi despedaçando meu coração, um alarde tão grande como esse, a forma mais improvável de encontro, pior ainda, uma mais improvável de reencontro e o que eu ganho com isso? Um coração quebrado? Não, era difícil até para aceitar, é como se quando o príncipe tivesse entregado o sapato a cinderela ela não tivesse conseguido calçar, não coube, nós passamos 113 minutos acompanhando a história de um casal que não foi feito um para o outro, foi isso que eu pensei, o que ela fez de tão importante para ser a tão famigerada número seis?

Vamos a algumas perguntas, Vini:

Q - Quando não deu certo o que você fez?
A - O que todo cara faz, conhecer uma garota qualquer e tentar se convencer que ela é a coisa certa.

Q - Saiu do platônico e foi para o real alguma vez?
A - Não, na verdade acho que todos os "Sinais" que eu via eram apenas fruto da minha imaginação.

Q - Então porque raios ela foi seu Darth Vader?
A - Calma, vou chegar lá!


Se você parar agora vai apenas dizer "Ela não foi o maior amor da vida dele!" e eu te pergunto: E desde quando eu falei que a última história me levaria ao amor da minha vida? Eu disse que a última história nos levaria ao "coração partido" mais importante da minha vida e isso ela foi, não por ela ser a mais bonita, não por nada disso, ela apenas fez com que minha vida chegasse até aqui.

Nada na vida é errado, até um relógio quebrado duas vezes no dia está marcando a hora certa.

Foi por culpa dela que eu conheci amigos que hoje são importantíssimos para mim, esses amigos me levaram a momentos inimagináveis que me levaram a conhecer outras pessoas que me trouxeram até aqui; por ela eu fiz meu primeiro blog, vi que não queria fazer nada na área de computação e que talvez jornalismo pudesse me ajudar a um dia ser escritor ou simplesmente me faria ser um escritor do cotidiano, indiretamente por causa dela foi que eu namorei com cada garota que encheu meu coração de alegria (e de tristeza, é claro!) e por isso que a número seis foi o "coração partido" mais foda, simplesmente porque ela foi um divisor de águas.

E mais uma vez eu reforço que nada acontece simplesmente ao acaso, ela foi o bater de asas de uma borboleta que me transformou no que sou hoje.






Até a Season 2 de "Jack's Chronicles" (Quando eu arranjar outro tema)

Nenhum comentário: